Pensando as pessoas como universos particulares, compostos por sua complexidade humana (medos, manias, limites transitórios, pensamentos), estes astros estão em constante movimento possibilitando raros encontros de universos que até então não poderiam ser imaginados em um encontro.
Cara a cara, o envolvimento pode ser diferente. Algumas características diferentes entre eles podem fazer com que a “gravidade” deixe-os mais próximos. Um pensamento leva uma ação aqui, um impulso uma reação dali e nessa toada os universos se envolvem com certa intimidade, que pode até soar como a de velhos conhecidos.
Apesar de todo esse emaranhado aprazível, não se engane! Essa dança agradável tem validade, tal como um produto em promoção na prateleira de supermercado. Isso costuma durar, mais ou menos, até o momento em que a agradável sensação de conforto é surpreendida por “aquela” conversa diferente. Esse novo personagem surge sem maiores intenções, sem malícias e sem medir o peso de suas conseqüências, que na maioria das vezes é desastrosa. É um tipo de assunto bandido: ele transgride e estupra certos limites impostos por convenções sociais. Aquele limite que fala assim: "Não passe daí!, não fale disso!, não me chame assim!, blah blah blah!", merda de limite. Porque será que alguns não conseguem lidar... tá bom...eu não sei lidar, mas com certeza não é por medo de assumir um risco.
Sempre tive a impressão de que a sinceridade em alguns momentos possa vir a ser útil, principalmente quando se tem aquela sensação de ter de dizer algo, sem saber o que falar...sabe? Típico daqueles instantes em que as duas pessoas ficam atônitas por alguma situação constrangedora. Uma vez que a “conversinha” foi lançada, não tem como voltar atrás...a não ser que você seja um Ás do “Troféuzinho João sem Braço” das desculpas! Nesse tipo de situação eu contaria nos dedos algumas pessoas que conseguiriam sair dessa situação com alguma mentirinha bem sem vergonha...grupo de pessoas no qual, eu não me incluiria definitivamente! Não que eu seja totalmente tapado, mas a improvisação nesses casos não é bem o meu forte.
Enfim...a partir daí o caos passa a interferir com liberdade na trilha dos astros. O clima esfriou entre os dois. A realidade corta a euforia do momento que outrora acendia a atração entre os dois corpos. O bom senso e a racionalidade tomam o lugar da espontaneidade, fazendo com que os astros se afastem, a ponto de ficarem tão distantes quanto Plutão e Mercúrio. Deixando a “pieguice” da atração dos astros e falando direto ao ponto... como diria um amigo psicólogo: “ - A Gestalt não foi concluída!”. Em outras palavras: “Não foi dessa vez campeão!”, “ Quem sabe da próxima hein!”, “Você não vai transar hoje”.
Os astros, até então atraídos um pelo outro durante essa oportuna e randômica ocasião, vão voltando aos seus eixos de origem, tomando consciência de que na verdade o melhor a se fazer é encerrar a noite e cada um seguir seu caminho.
Bem...feita a “merda”, talvez o melhor seja esquecer o que aconteceu e deixar que os astros sigam adiante em suas trajetórias, de forma que cada um possa retomar o seu longo caminho pelo universo. Vai saber... alguns fenômenos podem se repetir daqui a milhões de anos luz. Quem sabe da próxima vez eu não fique mais calado! Por hora, ainda tenho a Esperanza (GOMEZ).
Lindamente
ResponderExcluirEvoluções, baby! Evoluções!
ResponderExcluirGrande!
Então, e o interessante é que mesmo quando ainda não deu errado, ainda existe aquele momento desconfortável, de medos, sem saber ao certo o que dizer, escolhendo palavras enquanto o silêncio parece reinar por uma eternidade angustiante.
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