terça-feira, 9 de março de 2010

A tristeza do dia

Hoje é um dia triste, não o dia inteiro, mas depois das 18horas passou a ser. Na verdade não é bem exato assim, digamos que, ficou ruím no último ¼ do dia. É aniversário da minha ex-namorada e eu gostaria que o dia fosse bom. Apesar da angústia na espera de ligar para cumprimentá-la, o fiz. Eram meio-dia, creio eu. Não tive assunto, foi um simples e curto parabéns, também não esperava assunto. Eu me assusto com a forma com que ela demonstra lidar com essa separação. Eu tinha tudo tão certo, firme em busca daquilo que desejava, ficar com ela. O término foi repentino, me pareceu sem esperanças. Não tive clareza dos motivos que a levou a tomar essa decisão, ainda não tenho. Pouco tempo após o rompimento ela queria sair comigo para conversar. Afim de não me machucar procurei logo saber o que ela queria. Sua resposta era ousada, doentia e fria: “nada, apenas conversar”. Me limitei a entender e aceitar somente aquilo que foi dito, então concluí que ela só queria conversar. Mas sabe quando, mesmo não querendo, você percebe algo além? Sim, a intuição precisa ser ouvida. Neste caso, a abandonei. Não faz sentido um encontro casual após duas semanas de separação, não no meu mundo. Não se passaram muitos dias e ela voltou a me procurar. Pensei: preciso dar um fim nisto, pois não está me fazendo bem. Claro que não faria, qualquer apaixonado que perdesse sua amada não gostaria, ou melhor, não conseguiria vê-la como amiga em pouco tempo, ainda mais eu, que tinha os pés no chão. Busquei compreendê-la e pensei: Ou ela não gosta mais de mim, ou isso é um delírio seu do qual as vezes me convida a entrar. Liguei para ela e marquei uma conversa, de início ela foi resistente, achava melhor não nos encontrarmos já que era muito fácil eu distorcer as suas intenções terceiras. Fui firme no convite e nos encontramos. Ela cheirava bem, mantinha seu sorriso suave e aprimorara seu gingado, que jeito de andar! Pra lá e pra ca, normal qualquer um se apaixonar, linda. Busquei não me apegar, impossível. Foi aí que entendi o que precisava ser falado. Palavrinhas mágicas, sinceridade no cerne da ferida aberta, magoada, mas real. Eu não consigo! Bradei para ela. Não consigo te amar a três semanas atrás e agora ser apenas seu amigo – não que eu negue sua amizade, pois essa me traria grande crescimento – mas no momento, não dá. Sua resposta foi de engasgar com sorvete, racional e autônoma: “Tá!” Não, eu não quis me jogar de algum prédio. Queria jogar ela! Mas a vontade logo deu lugar a outros sentimentos. Percebi naquele momento que a única forma de me agarrar a um novo amor era perdoando aquele que já não me existia mais, se foi. Ainda questionei algumas coisas como motivações para o término e o porque de me procurar. As respostas foram dadas de forma clara, porém, ausentes de sentido. Aquilo que não me faz sentido, não é! Pouco do que ouvi naquele momento me fez sentido e de repente me senti mergulhado, inundado em um delírio que é, por existir, mas que não é, pois me falta de sentido, me falta de realidade. Pedi para que ela não me procurasse mais, pois não estava me fazendo bem. Ela entendeu meu pedido. Hoje nos falamos e parece que eu terminei um namoro do qual ela não fazia parte. Sinto-a distante e fria, quando se aproxima, me assusta. Não quero.

Um comentário:

  1. foda.. pra isso serve os amigos descarrega nos "filhas das putas" inspire-se em Bruno e Marrone e seus amigos, e se afogue numa piscina de cerveja... nao né, melhor nao! vamo seguir a vida.

    ResponderExcluir